O autor expressa sentimento profundo de apego e pertencimento à Jaguaruana, o conforto do retorno ao lar, e a importância dos laços afetivos com o lugar onde se formou como pessoa.
Sempre que viajo me pego pensando em como, para mim, uma das melhores partes da viagem é voltar pra casa. Isso mesmo: eu adoro ficar em casa, mas voltar pra casa é ainda melhor. Adoro conhecer lugares novos, mas quero que meu ponto de partida e chegada seja sempre Jaguaruana.
Ah, minha gente, aí quando chego na ponta da rua, é como se a Igreja Matriz me abraçasse. Isso é independente de religião, mas, ao adentrarmos na cidade e olharmos a igreja ao longe, é como se a cidade nos abraçasse e dissesse: Que bom que você chegou!. Ultimamente, quando chego na ponta da rua, às vezes, baixo os vidros do carro, como se quisesse dizer: Voltei, Cidade!.
(Trecho do livro Meu Baú de Memórias', de Ciro Zulu)