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31-AGO-2025

Aprecie trecho retirado do livro Meu Baú de Memórias, de Ciro Zulu!

Em contagem regressiva para o aniversário de 135 anos de Jaguaruana destacamos trecho de sua obra literária Meu Baú de Memórias onde relembra momentos da sua infância em Jaguaruana

Por Luana 31/08/2025 #cultura

Passei boa parte (ou até a maior parte) da minha infância na Pracinha da Igreja, hoje Praça da Matriz, que ficava perto da agência de ônibus. Lembro que era tão bacana ver alguém indo esperar outra pessoa no ônibus. Raramente alguém da nossa turma tinha seu dia de glória (isso mesmo, era uma glória) de ir esperar um parente na agência. Eu e Danielle não abríamos mão, quando chegava o nosso dia. Por mais que fosse perto, nós fazíamos questão de esperar minha tia Diva na agência. E nossa ausência nos times de futebol, mata-mata ou bandeirantes era perdoada de imediato, afinal nós tínhamos parente chegando no ônibus e todos respeitavam isso. Eu não nego que existia em mim um interesse canalha por algum chocolate que minha tia sempre trazia, mas, acima disso, havia uma espécie de celebração pelo chegar-voltar-estar de alguém que é nosso.

Depois de um tempo, fui viver esta experiência do outro lado. Deixei de esperar para ser esperado. E passei a vivenciar esta viagem Fortaleza-Jaguaruana de outra forma.

Quando morei em Fortaleza (de 1995 a 2000), lembro que, só em chegar na rodoviária, era como se o primeiro pé já estivesse em casa. Era como se eu já me sentisse protegido em meio ao meus.

(Trecho retirado do livro Meu Baú de Memórias, de Ciro Zulu)

 

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