Jaguaruana sempre foi uma terra propícia ao surgimento de lendas. Quem que viveu a infância na década de 90 que nunca teve medo da Perna-cabeluda? E a Loira do Ba-nheiro? Três batidinhas na parede, três no sanitário e três na descarga, depois você diz: Aparece, Loira do Banheiro. Todo mundo sempre esperava as nove batidas, mas, quando o mais corajoso ensaiava dizer apare.., já era todo mundo numa carreira só. Reza a lenda que a Loira do Banheiro habita apenas em banheiros de escolas. E a Mulher de Branco? Uma mulher muito bonita toda vestida de branco que aparecia em ruas desertas tarde da noite. Lembram? Também tinha a Mãe D'água, que levava para ela todas as crianças que tomavam banho no rio depois que anoitecia. Quando minha tia Ana me levava em passeios de um dia inteiro no rio Serafim com a família do Paulino, era sempre com a Mãe D'água que eles conseguiam tirar toda a meninada de dentro do rio. (Trecho do livro Meu Baú de Memórias, de Ciro Zulu)